quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Hoje: mais um dia?

Pois é, desde domingo meus dias estão fora do comum, sem se encaixar em nada.

Domingo voltei da minha primeira viagem por aqui. Fui para Barcelona com uma mochila e um amigo. Voltei de lá cansada como nunca, porém com a memória de ótimos três dias. Barcelona, eu te amo.

Depois que voltei estudei freneticamente e melancolicamente para uma prova. Pois, fui lá e a fiz. Era a chave que iria ativar a minha cabeça de volta ao mundo real, era para ser - mas não foi.

Não foi porque hoje, um dia após a prova, tive o dia mais maluco desses meses coimbrenses. Meus tios vieram pra cá, chegaram exatamente hoje. Estava louca para esse dia, passei muito tempo planejando o que fazer durante esse período. Sinto que por mais que eu conte os meus dias e mostre fotos aos meus familiares, ainda falta alguma coisa. Sim, falta eles viverem isso aqui. E agora com essa visita tudo parece confirmado, não há mais dúvidas. Foi surreal vê-los andando pelos corredores aqui de casa, dois mundos que pareciam tão separados na minha cabeça de repente se mesclaram. Momento dadaísta da minha vida.

Fora essa loucura, o meu dia começou com a ida a estação de comboios. Para buscar meus tios? Não, para levar um amigo. Aiaiai, essas despedidas me perseguem, quando não sou eu deixando os outros, os outros decidem me deixar.

Agora estou a pensar nisso tudo: ganhei uma chegada e uma partida. É o famoso equilíbrio? Não, não é. Equilíbrio não nos emociona e hoje estou a flor da pele.  Dia estranho que nem me deixa defini-lo.  É esperar para ver.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Feliz Natal, Feliz Ano Novo...

A última semana de todos os anos foi durante toda a minha vida a minha semana preferida do ano. Quando eu era criança, é claro, existiam os presentes que se acumulavam a cada chegada de um familiar distante. Agora que não desejo mais um cômodo da casa da Barbie (seja porque não brinco mais de boneca, ou porque já completei toda a casa), o que me deixa ansiosa é reunir todas aquelas pessoas que gosto muito, é ver o pisca-pisca brilhando na noite de 24 de dezembro e a comida, hum, como amo aquelas carnes de Natal e a lentinha do Reveillon. Então, eu, que vivo intensamente essa semana, neste ano enfrentei um Natal quase sem ceia e um réveillon sem vestir branco.

O Natal não foi um Natal, foi uma festa, um jantar que terminou num bar tocando London Calling. O Ano Novo teve fogos, vinho do Porto, kebab e depois disso,é claro, é hora de voltar para casa. Meu final de ano foi salvo (ufa!) e nunca irei me esquecer dessas “festas”.

Porém, se você me conhece do Brasil, sabe desse meu lado cético: promessa pra 2012? Ah, vai catar coquinho. Eu sou aquela que não vê um ciclo, mas uma reta, muda-se apenas o calendário... Vai nessa, Rafaelle.

Agora que eu comemorei tudo de uma forma alternativa as dúvidas enfim chegaram até mim. Então, isso tudo o que eu estou fazendo está certo?  Vou me arrepender?  Há como fazer melhor? Nessa vida louca qualquer mudança já está me fazendo derrubar o Woody Allen do divã para ocupar o espaço.

Daqui vejo coisas que poderia fazer diferente para não me aborrecer depois. Mas é aquele famoso risco. De vez em quando ele vale a pena.

Então, desejo a todos os melhores riscos para 2012. Se eu já estou fazendo reflexões de passagem de ano, o  que mais posso esperar?