segunda-feira, 27 de maio de 2013

Sobre os últimos dias

Eu devo começar este texto já pedindo desculpas pela minha ausência aqui. Eu sei, às vezes a vida toma um ritmo que parece que tudo é rotina, e não há muito o que contar, mas quando se está no intercâmbio (mesmo que longo) e pegamos a passagem de volta nas mãos, percebemos que não há tempo nem para rotina.

No final de semestre, às vésperas dos exames, é quando todos sentamos e calculamos se o tempo passou rápido, ou não. E pela quarta vez eu vejo amigos dizendo que em Coimbra o tempo corre diferente: como é possível fazer tantas coisas e não sentir o tempo? parece que o tempo que passou correu. 

E neste semestre, neste derradeiro semestre, eu terminei fazendo mais coisas do que imaginava: Marrocos, o camping no Saara, depois, Paris! Paris e o meu encantamento quase hipnótico com ela. Na verdade, eu já tentei várias vezes descrever essas viagens aqui, mas não consegui. Como todas as viagens, elas estão em mim, grudadas em minhas ideias e lembranças. Ainda não é tempo de traduzi-las, mas senti-las.

Para além das viagens, para além dos vinhos na cozinha de casa e as tardes com os amigos pelos cafés, ainda teve o meu descobrimento das literaturas africanas, o meu reencontro com Eça de Queiroz com o romanção (tanto de tamanho como de qualidade) O Primo Basílio e as minhas leituras sobre a vida e obra de Lautrec.

Meu último semestre se baseou em tudo isso. Para ilustrar, a foto do céu de hoje a tarde, sobre a Sé Velha*.







*Foto desses aparelhos móveis, me desculpem.