Aqui em Coimbra na semana passada teve a tão esperada Queima
das Fitas. É mais uma das tradições (a palavra mais usada na Universidade,
tanto para o bem como para o mal: tradição) a qual marca a despedida dos
estudantes. Então a Queima tem esse sabor de saudade antecipada de Coimbra, das
noites, dos amigos, da liberdade.... dos tempos de estudantes universitários,
isto é, aqueles anos em que nos julgam intelectuais e que na verdade só estamos
reclamando da aula de amanhã às 9:00 da manhã.
Pois bem, no meio de tantas saudades e tradições é de se
esperar algo triste, com lágrimas. Não nos enganemos, há sempre o Carpe Diem.
Estou dizendo que a Queima é uma semana que tem festas, uma grande festa todos
os dias, pra lá do Mondego. Tem bandas internacionais e
tudo. É uma despedida para nunca mais esquecer.
Creio que essa minha primeira Queima não vai ser a minha
última. Porém, acabei vivendo a semana passada com um pouco de saudade nos
olhos, senti saudades por e pelos os meus amigos que logo menos estarão me
deixando e retornando ao Brasil. Mas até lá há alguns meses para juntarmos
histórias por aqui.
Aliás, tenho que esclarecer que na minha Queima eu assisti o
ritual da serenata (o que marca o início da semana) do meu quarto, e adorei
essa festa porque nas suas proximidades estavam vendendo algodão doce. Passei a
semana de festas no meu quarto, indo às livrarias pela região, assistindo seriados, tomando cafés e
tendo boas conversas. Não desci para a noite, fiquei por aqui vivendo a
tranquilidade. Era para eu ter posto tudo em ordem, ao contrário disso, nem o
aspirador no meu quarto passei. Agitação
por esses dias não eram bem vindas.
Talvez ano que vem eu esteja mais animada para essas
festividades, mas eu já posso dizer que acho difícil. No fim eu continuo sendo
aquela pessoa que se cansa fácil, e que precisa saber a hora que a diversão exacerbada
acaba, para voltar para a casa, e para tudo que me é familiar.
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