segunda-feira, 3 de setembro de 2012

The highway is for gamblers, better use your sense


O relógio aqui no meu note já me diz que hoje é dia 04 de setembro. Esse dia que parecia tão distante, enfim chegou. Na verdade, esse post é o resultado de uma pausa da arrumação da mala. Na verdade era só para por mais uma música da Gal no Media Player, mas eu sou muito boa em enrolar.

Além de ser boa em enrolar eu também sou boa em sentir. Cheguei a conclusão que antes de Coimbra eu nunca tinha sentido, nunca tinha de fato conjugado esse verbo em mim mesma. Antes eu tinha crises. Agora, eu estou nessa de pensar. E há um ano atrás, ir para outra cidade não me fazia preocupada. Eu ia lá ver como era. Agora, eu pensei, eu senti. E essa despedida vai ser um pouco mais dolorosa.

Obviamente, estou escrevendo como se fosse para a Faixa de Gaza, e nem é. Vou para Coimbra! O paraíso dos universitários. Mas, é claro, eu só vou me lembrar disso quando chegar lá.

Eu estava pensando o que é tão diferente em estar aqui, em Matão, de estar em Coimbra. Acontece que aqui em casa, eu fico toda espalhada, tem um pouco de mim na cozinha, na sala, no meu quarto ou no quintal com as minhas cachorras. Aqui nem uma barata eu mato. Em Coimbra eu tenho que me unir. Deixar pra lá qualquer saber amargo e ir viver. 

Por outro lado, alguma coisa está me dizendo que está na hora de voltar, de ir abrir aquela janela e deixar o meu quarto respirar a Sé Velha. O pó deve ter dominado tudo por lá. De repente, uma ponta de mim começa a dizer que tenho mais que fazer no outro lado desses mares que eu tanto ando navegando. 

Desde quando eu comecei a ouvir  Bob Dylan, eu entendi o significado da frase que dá título a este texto sem vergonha. Eu tenho o prazer de fazer parte do grupo que pode entender esse sabor de instabilidade estável.

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