domingo, 14 de outubro de 2012

Das coisas que eu fiz - Parte 2


Após Madrid, seguimos para Oslo. Oslo?

Oslo é a cidade mais civilizada que já vi. Civilizada de verdade, onde os carros não correm, os pedestres caminham com calma, não há protesto político pelos muros e estou crente que todos falam inglês (e sem sotaque). As balconistas do Mc Donalds parecem que estão trabalhando por lazer, e atendem com uma certa pressa porque o motorista está vindo buscá-las para levá-las ao jogo de tênis. Só pode.

Em Oslo, capital da Noruega, eu senti, enfim, que já não era mais verão. O Outono de fato começou lá, e acho que o outono norueguês é o inverno de Portugal. Depois de um calor em Madrid, frio de 7°C na Noruega.
Passamos lá três noites e dois dias. O primeiro dia, melhor, noite, saímos sem rumo. Fotografando as ruas da cidade e vendo toda aquela organização. Da rua olhávamos as janelas dos prédios e víamos os lustres e os papéis de paredes dentro das casas e restaurantes. Segundo dia: dia de museu. Vimos O Grito, de Munch e muitos outros bons quadros. Adorei este museu, mesmo.
No último dia, nos afastamos do centro. A ponto de pegarmos um metrô em busca do museu viking e quando pedimos informação, a mulher que educadamente nos atendeu, pegou o nosso mapa e nos disse em bom inglês: vocês estão fora do mapa. Ok, é hora de rever o nosso senso de direção.  

Mas deste último dia fica registrado para sempre em minha memória o parque com esculturas, coisa muito maluca que não sei se compreendi. O nome do local é Vigelandsparken. O local em si é lindíssimo, eu que viajei com a minha Canon (meu novo afeto) surtei de tanto fotografar folhas com coloração de outono. Mas aquelas esculturas, não sei muito bem.

Também fomos ao museu viking! Adorei. Barcos vikings de verdade! E vendo tão de perto pude ver como eles foram caprichosos em construir seus artefatos. Eu saí de lá pensando como que as civilizações antigas tinham tanto capricho e tanta noção de estética para produzir seus artefatos, que na verdade deveriam, acima de tudo, ter uma utilidade. Demorei para ter um raciocínio simples, mas enfim cheguei a conclusão de que todas aquelas peças são tão lindas porque junto com a utilidade tinha a unicidade da ferramenta. Se gastava muito tempo para produzir um simples capacete (ou elmo), por isso o cuidado e o capricho. Nem vou ser clichê e terminar o parágrafo dizendo que ao contrário de hoje, que... 

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