Depois de Oslo, fomos para o local que me era esperado.
Estou dizendo de Londres. Foi muito bom ter deixado Londres por último, porque
viagens são ótimas, mas acontece que tenho essa velha dentro de mim, e depois de
quase 9 dias viajando, é bem provável que eu esteja cansadinha. Cansadinha, mas
não em Londres.
Devo dizer que a cidade não é tão calma como eu estava
esperando. Ao contrário disto, há muitas obras, muitos carros e pessoas. Aliás, dentro do
último grupo estão os turistas. Sei que estou sendo um pouco hipócrita agora,
mas os turistas um pouco que poluem o espaço, e tenho a impressão de que não
conheço realmente o ambiente, apenas um lugar que as pessoas gostam de
fotografar. Às vezes nem sinto a real atmosfera do lugar. Turistas, tenham
calma.
Mas, como estava dizendo, se Londres é movimentada, ela é
muito silenciosa pelo o tanto de pessoas que há nela. É bem verdade que o meu
parâmetro de cidade grande, de cidade importante, é São Paulo. E talvez São Paulo não seja
parâmetro para nada. São Paulo é uma cidade que toda a sua loucura, é só dela.
Quando chegamos, teve uma certa decepção: chuva, vento e
frio. Porém, eu pensei um pouco e cheguei a conclusão de que Londres estava me tratando como se
eu fosse uma moradora comum, isto soou como um elogio a mim. A decepção passou.
E fomos explorar a cidade, andar e andar.
No segundo dia o sol apareceu. E fomos conhecer o Palácio de Buckingham, o
Big Ben, Abadia de Westminster, Picadilly... e depois teve aquele roteiro específico,
aquele roteiro, que além de ser de turista, mas de quem realmente queria
estar em Londres: Soho, Abbey Road e Notting Hill.
Notting Hill merece além de um parágrafo, meu coração. É bem
verdade que há aquele filme com Hugh Grant e Julia Roberts. Mas este bairro me
pareceu injustiçado por ser lembrado por causa de um filme comédia romântica.
Portobello Road tem toda a sorte de lojas de antiguidades: móveis, câmeras,
discos, roupas... Bancas com placas engraçadinhas. Casas bem cuidadas, flores
que parecem durar todas as estações. Mais uma vez vou ser hipócrita: acho que
moraria em Notting Hill.
No terceiro dia fomos ao museu, ao National Gallery. E o
museu tem Van Gogh, tem Leonardo da Vinci, Rubens, Van Eyck... Obras que
eu fico emocionada de estar frente a frente, sempre. Mas além das obras, gostei
muito do ambiente, e eu, como uma futura professora, fiquei com inveja dos
londrinos. Digo isso porque perdi a conta de quantos grupos de crianças com
seus professores eu vi visitando o museu. As crianças sentavam-se no chão, e
ouviam a explicação dos professores, e estes falavam sobre a tela, sobre o
artista, o movimento que ele se encaixa, e mais do que isso, explicavam sobre a
época. Vi aquele conceito de interdisciplinaridade dar certo pra valer. Algumas
coisas fazem sentido.
E depois de 9 dias, voltamos para casa. Com uma mochila de
roupas sujas, com máquinas fotográficas com memórias quase lotadas. E com
nossas mentes pulsando de vontade de sentar e repassar toda a nossa viagem em
nossos blogs.
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