segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Das coisas que eu fiz - Parte 3


Depois de Oslo, fomos para o local que me era esperado. Estou dizendo de Londres. Foi muito bom ter deixado Londres por último, porque viagens são ótimas, mas acontece que tenho essa velha dentro de mim, e depois de quase 9 dias viajando, é bem provável que eu esteja cansadinha. Cansadinha, mas não em Londres.

Devo dizer que a cidade não é tão calma como eu estava esperando. Ao contrário disto, há muitas obras, muitos carros e pessoas. Aliás, dentro do último grupo estão os turistas. Sei que estou sendo um pouco hipócrita agora, mas os turistas um pouco que poluem o espaço, e tenho a impressão de que não conheço realmente o ambiente, apenas um lugar que as pessoas gostam de fotografar. Às vezes nem sinto a real atmosfera do lugar. Turistas, tenham calma.

Mas, como estava dizendo, se Londres é movimentada, ela é muito silenciosa pelo o tanto de pessoas que há nela. É bem verdade que o meu parâmetro de cidade grande, de cidade importante,  é São Paulo. E talvez São Paulo não seja parâmetro para nada. São Paulo é uma cidade que toda a sua loucura, é só dela.

Quando chegamos, teve uma certa decepção: chuva, vento e frio. Porém, eu pensei um pouco e cheguei a conclusão de que Londres estava me tratando como se eu fosse uma moradora comum, isto soou como um elogio a mim. A decepção passou. E fomos explorar a cidade, andar e andar.

No segundo dia o sol apareceu. E fomos conhecer o Palácio de Buckingham, o Big Ben, Abadia de Westminster, Picadilly... e depois teve aquele roteiro específico, aquele roteiro, que além de ser de turista, mas de quem realmente queria estar em Londres: Soho, Abbey Road e Notting Hill.

Notting Hill merece além de um parágrafo, meu coração. É bem verdade que há aquele filme com Hugh Grant e Julia Roberts. Mas este bairro me pareceu injustiçado por ser lembrado por causa de um filme comédia romântica. Portobello Road tem toda a sorte de lojas de antiguidades: móveis, câmeras, discos, roupas... Bancas com placas engraçadinhas. Casas bem cuidadas, flores que parecem durar todas as estações. Mais uma vez vou ser hipócrita: acho que moraria em Notting Hill.

No terceiro dia fomos ao museu, ao National Gallery. E o museu tem Van Gogh, tem Leonardo da Vinci, Rubens, Van Eyck... Obras que eu fico emocionada de estar frente a frente, sempre. Mas além das obras, gostei muito do ambiente, e eu, como uma futura professora, fiquei com inveja dos londrinos. Digo isso porque perdi a conta de quantos grupos de crianças com seus professores eu vi visitando o museu. As crianças sentavam-se no chão, e ouviam a explicação dos professores, e estes falavam sobre a tela, sobre o artista, o movimento que ele se encaixa, e mais do que isso, explicavam sobre a época. Vi aquele conceito de interdisciplinaridade dar certo pra valer. Algumas coisas fazem sentido.

E depois de 9 dias, voltamos para casa. Com uma mochila de roupas sujas, com máquinas fotográficas com memórias quase lotadas. E com nossas mentes pulsando de vontade de sentar e repassar toda a nossa viagem em nossos blogs.

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